segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O primeiro acorde do ano (Primeira parte sobre os acetatos)


E estamos aí. Primeiro acorde do ano! Nesse mês de janeiro muita comemoração. Um ano de O Ventríloquo. Acho que cabem algumas explicações aos desavisados. No finzinho do ano passado um conhecido deu uma passada por aqui e gostou de um dos textos. Segundo o mesmo, o estilo de “conversar com o ‘leitor’ o agradava muito na minha ‘escrita’”. Ora, ora companheiro, não são textos. Meu caro, são vozes!
Desde o início a proposta principal dessa budega aqui era liberdade e fuga! Pois é, eu andava querendo falar sem virgulas, pontos, ser desorganizado nas idéias, não me fazer entender, mas acabar alcançando tal objetivo tentando assim parir crônicas sonoras através de vozes diferentes (as vozes de cada pessoa que passasse por aqui). Pois então, para tal, como expliquei, resolvi utilizar a metáfora das muitas vozes (por isso “O Ventríloquo”, entendeu?) e, ainda, a analogia musical... E já se vai um ano.
Mas como eu disse, é um mês de comemoração, um ano de O Ventríloquo e dois anos com Ana e, mesmo que no decorrer da audição não pareça, o primeiro acorde do ano é para ela e é intimamente relacionado à “minha preta”. Um acorde maior, bem feliz.
Explico-me, mesmo não querendo muito: Não é segredo algum que sempre fui inquieto no assunto amor. Inconformado quase. Picuinha, chato, esquisito, mas um bom moço. Não é segredo algum que me meti em furadas, que fui magoado, que já magoei. Quase me tornei um descrente do amor. Quase. Eis que surge Ana. O resto é romance e isso eu guardo para eu e ela. Ela e eu.
Com ela percorri as ruas do centro antigo do Rio de Janeiro. Com ela já comi muita coxinha por falta de grana e com ela almocei e jantei em churrascarias caras, pés sujos, botecos, self service e por aí vai. Deitei-me no MAC, aquela nave espacial construída pelo doido do Oscar Niemayer, mas que tem uma vista linda... Vi pôr de sol em tudo quanto é lugar, já fiquei bêbado, já fiquei puto e na maioria das vezes fui muito feliz. O curioso é que todos, sim, exatamente, todos os meus amigos acabaram a abraçando de tal maneira que não consigo ir a nenhum canto sem ela, mesmo tendo todo os espaço do mundo. Bom.
Dela ganhei de presente um dos mais bacanas presentes de natal da vida: Minha vitrolinha Philips 503 (que agora merece foto).


* Não vou afinar essa voz. Então, possivelmente, podem ocorrer ruídos e falhas lingüísticas! Motivo: quase seis horas de estrada voltando com a família de Cabo Frio.
** Ao som do Lp “Ouvi dizer”, de 1982, do extinto Grupo Elo (que acabou virando Grupo Logos), vou ficando por aqui. Ah, perdão, cabe ressaltar que nesse disco tem o grande sucesso “Autor da minha fé” que pouca gente sabe que foi gravada primeiro nessa versão, digamos, pré-Logos.

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